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Vereador Coronel Sobreira discorda de decisão judicial e defende liberdade para professar a fé

O vereador Coronel Sobreira (MDB), em seu primeiro pronunciamento, após sua licença de 120 dias, abordou a decisão do Pleno do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) que julgou inconstitucional dispositivo do Regimento Interno (RI) da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) que instituiu a leitura de texto bíblico no início das sessões. Na sessão ordinária desta terça-feira (27), o parlamentar defendeu a liberdade do cidadão professar sua fé.

“A decisão de ontem do tribunal precisa ser mais aprofundada, pois é controversa. Precisamos estar atentos que o povo brasileiro em sua grande maioria é formado por cristãos, que seguem Jesus Cristo. Seguem a Bíblia Sagrada. Não pode uma decisão dessa ser colocada na CMJP. O Ministério Público Estadual (MPPB) confunde laicidade e laicismo. O Estado laico não é ateu, mas o laicismo sim é contra a religião. Nossa constituição de 1988 não permite laicismo no Estado brasileiro”, arguiu. Ele ainda lembrou que a própria Constituição traz em seu preâmbulo referência a Deus: “…Promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição Federativa do Brasil”.

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De acordo com o vereador, a Constituição reconhece o valor da reflexão religiosa para a vida pública. “Ela convida a sabedoria da religião para enriquecer a vida e o discurso público em sociedade. Não precisa ser religioso para entender que o ordenamento jurídico do ocidente foi fundamentado nos fundamentos judaicos cristãos. Nos finais de semana, os presídios são invadidos pela igreja católica e evangélica para levar a palavra de Deus aos que ali estão. Será que se eles tivessem o temor a palavra de Deus estariam ali”?  questionou. “Não podemos deixar que a palavra de Deus seja banida. Temos o direito de professar nossa fé. Não fazemos nenhum culto ao lermos a palavra de Deus. Apenas reconhecemos o poder da Bíblia de nos auxiliar para criar leis em prol do nosso povo”, arguiu.

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Apartes

Em apartes, os vereadores Bruno Farias (Cidadania), Carlão (PL), Milanez Neto (PV), Rebeca Sodré (União Brasil), Reinaldo Maranhão (SD) e Luiz da Padaria (PMB) corroboraram com as palavras do Coronel Sobreira e defenderam a liberdade de cada um professar sua fé. “As Escrituras Sagradas estão se cumprindo. O apocalipse está se cumprindo na íntegra. Que país é esse em que existem mais crianças pedindo nos sinais do que pessoas alimentadas? Hoje estão querendo calar a voz do criador deste mundo, inclusive dos cargos dessas pessoas que tomaram essa decisão. Nunca perderei o temor a Deus e a fé em Deus na prática de vida. Sem ele nenhum de nós seria nada”, referendou Milanez.

Já a vereadora Cris Furtado (PSB) destacou que muito mais importante de se professar a fé é agir pautado no bem. “Eu acompanhei desde o início essa discussão acerca da decisão. Na minha leitura, muito mais que falar em nome de Deus, o importante é a ação. Não tenho dúvidas que as nossas ações enquanto representantes do povo serão pautadas no bem. Acredito que o que levou a Justiça a uma decisão dessa natureza é a banalização do nome de Deus. Estamos num momento no país em que as pessoas banalizam a crença e utilizam da palavra contida na Bíblia para justificar atitudes que só trazem malefícios à nossa população. Nunca se falou tanto no nome de Deus para justificar o injustificável. Independentemente dessa decisão, continuarei agindo de acordo com meus princípios. O bem por si só se justifica independente do temor. Sou cristã e faço questão de professar a minha fé nos locais adequados, mas não tenho a necessidade de estar o tempo todo falando em nome de Deus para mostrar que sou boa”, ressaltou a vereadora.

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