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Parlamentar defende segurança de resultados eleitorais através de voto auditável

Citando os artigos 5, 129 e 220 da Constituição Federal do Brasil, o vereador Coronel Sobreira (MDB) fez uso da tribuna, na manhã desta quinta-feira (24) na Câmara Municipal de João Pessoa(CMJP), para defender a possibilidade de maior segurança nos resultados das eleições através do voto auditável. Ele ainda criticou a postura do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que, em algumas situações, estaria fugindo de realidades constitucionais, a exemplo do inquérito das fake news.

“O réu preso tem 30 dias para concluir [um inquérito]. Solto, na esfera comum, são 90. Na esfera militar, são 40. De forma extraordinária, a conclusão de um inquérito é de 180 dias. Baseados nesses artigos da Constituição e uma Lei específica, a gente observa ações, decisões, atos e fatos praticados pelo Ministro Alexandre de Moraes, que fogem a essas realidades constitucionais. Por exemplo, o inquérito das fake news, que já vai em mais de 1.300 dias, sete vezes o que a lei permite em caso extraordinário. Marco Aurélio chegou a dizer que era o ‘inquérito do fim do mundo’, que não acaba”, argumentou.

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Diante da pequena diferença no resultado do segundo turno da eleição presidencial de 2022, Sobreira afirmou que, no caso de dúvida, refazer a contagem seria uma segurança a mais. “O vereador Thiago Lucena disse que seu pai, em 1992, pediu a recontagem dos votos e foi feito. (…) Por que o STF não aprovou o voto auditado? Isso seria uma segurança a mais. Qual seria o problema? Se, porventura, houvesse dúvida, veríamos os votos de papel e faríamos a recontagem. Seria uma segurança a mais”.

“Será que são seguras as urnas? Não sou técnico, mas tem pessoas que conhecem [o assunto], do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), um dos mais conceituados e respeitados institutos de tecnologia no brasil. Eles detectaram na auditoria que mais de 60% das urnas não são transparentes. Isso não é um leigo, um político, alguém interessado, é um técnico. O ministro poderia, no mínimo, pensar em analisar”, enfatizou.

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Para o vereador, é importante refletir: “Precisamos, pelo menos, fazer reflexões e questionamentos, mas parece que até isso é proibido no Brasil”.

O colega parlamentar Marcos Henriques (PT) discordou, argumentando que pedir intervenção militar e violência não seria bom senso. Segundo ele: “A intenção é manter um potencial de pessoas mobilizadas para se contrapor e até instigar brigas. Isso é a cara do presidente [Bolsonaro]. (…) Temos que fazer a boa política, virar a página”.

Já Carlão (PL) ressaltou que a democracia não pode ficar restrita à caneta de uma pessoa: “Hoje, nós reduzimos a democracia. A dificuldade é não poder se manifestar, ter livre pensamento. (…) O auge da democracia está no voto e se o voto é considerado irregular, ele não pode ser aceito como manifestação popular. Esse está sendo o risco. A gente precisa exaltar democracia e diminuir a política”, defendeu.

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Finalizando, o vereador Coronel Sobreira ainda questionou: “Por que só o Brasil tem urna eletrônica? Por que países do primeiro mundo não têm esse sistema? Por que não foi aprovado o voto auditado?”.

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